"Julgo que haverá pessoas competentes para governar"

O Bispo de Setúbal disse que, se fosse presidente, nomearia "um governo de pessoas competentes, que soubessem governar". Salientou ainda que um ministro deveria ir a uma junta de especialistas para ser avaliado, antes de ser nomeado.
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D. Manuel Martins mostrou-se muito crítico com a atual política do Governo. O Bispo de Setúbal afirmou, em entrevista ao Jornal de Notícias, que "tal como, para tirar a carta de condução, temos que ir ao médico, um ministro, antes de ser nomeado, antes de aceitar esse encargo de governar, havia de ir a uma junta de especialistas independentes que fosse capaz de avaliar as capacidades desse pessoas em governar". "Como é que uma pessoa sem experiência nenhuma vai governar um país sem conhecer nada? Nem tem capacidade de perguntar, nem pergunta àqueles que, em teoria, estão interessados quanto ele no bem do país, que são os chefes das oposições", salientou.

Acrescentou que "todos os dias somos surpreendidos por medidas que nos ofendem, na medida que nos tornam menos capazes de viver ou de sobreviver", fazendo a comparação de Portugal a um indivíduo que tenha caído num poço, ou seja, este "já nem sequer tem dinheiro para comprar a corda para sair de lá".

Vai mais longe nas críticas: "Os ministros não dominam os conteúdos, não têm pedagogia na relação com os governados." Se fosse presidente, D. Manuel Martins referiu que nomearia "um governo de pessoas competentes, que soubessem governar". "Julgo que os há em Portugal."

Afirmou que as pessoas são muito gozadas e manipuladas por todo o poder e considera o Código do Trabalho "um monumento à agressão." "É uma uma emanação dessa filosofia neoliberal."

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